Esporte Santanense: AS PEDRAS PRECIOSAS E A "BATALHA DO WILSON ROCHA"

Se alguém lhe perguntasse quais são as pedras mais caras do mundo, talvez você tivesse dúvidas em responder: ouro? diamante? esmeralda? rubi?... Mas, se você for santanense, amante do futebol, a resposta seria imediata: "As do Poço!!!" Mas, que Poço? "O de Pedras"!!! Como a resposta, talvez, deixasse um pouco confuso o autor da pergunta, vamos explicar para melhorar a comunicação.

Conforme postamos anteriormente, no jogo de "ida" das oitavas de finais da Copa Primo Fernandes 2013, o Real (Madrid) em Pleno "Pai Cajé", havia "aumentado a sua cotação" elevando-a "acima do dólar" e desvalorizando "as pedras" do referido Poço que, no Estádio Wilson Rocha, necessitariam incorporar o "peso do euro" se desejassem evitar uma "desvalorização" maior. Para muitos, "uma missão impossível"! E como o Poço de Pedras não conta com um "Tom Cruise", para "estes muitos", a eliminação era dada como certa. Ao time santanense, restava sonhar e, tentar transformar este sonho em realidade. Mas, vamos a história deste valioso duelo futebolístico.

No jogo da volta para o Real Madrid e de ida para o Poço de Pedras, realizado no último dia 25, na cidade de Tenente Ananias/RN, o anfitrião, que nas 3 últimas edições da competição esteve entre os 4 melhores, sendo, nas 2 últimas o vice campeão, entrava em campo já com a vantagem de 1 gol. Os visitantes, teriam que se desdobrar para reverterem esta situação complicadíssima diante de um adversário dificílimo que conhece como ninguém o ambiente onde se desenrolaria o embate. Durante o 1º período desta batalha o Real manteve-se estável, ditando o ritmo de jogo e administrando a vantagem obtida no jogo anterior. O Poço de Pedras não conseguia, de forma alguma, furar a barreira imposta pela equipe da casa. Mas, mesmo assim, teve lá suas chances, apesar de raras. Porém, a etapa inicial terminou como começou: Com o Real em "alta".

Aí veio o 2º Período e, uma nova história começou a se desenhar antes deste chegar a sua metade. Em uma boa "trama" que começou com Dan ainda no campo de defesa, passando por Marcos, que saiu da esquerda para o centro como uma flecha, deixando o objeto esférico mais perseguido na ocasião com Marruá, que o fez chegar a Jacinto, que havia ocupado a posição de Marcos. Jacinto, por sua vez, usando a perna esquerda, pelo lado esquerdo, fez com que este objeto passasse, em diagonal, cruzando a pequena área do Real Madrid e, Bruno Allan, que não é Tom Cruise mas assumiu o papel principal, chegando por trás dos marcadores como um raio, pela direita, com a perna direita, arrancou o grito de gol dos jogadores e da torcida santanense que assistia todo o "espetáculo". Ainda não estava nada definido mas, com o gol, as "Pedras do Poço", sofreram nova valorização, enquanto o Real, obteve um efeito oposto.

Apesar da "queda" o Real Madrid não se abateu e continuou jogando com tranquilidade, afinal, na pior das hipóteses, decidiria a vaga nas cobranças de penalidades, isto é, não estava nada perdido. Os jogadores do Poço de Pedras, por sua vez, encontraram, não sei aonde, uma força descomunal e se transformaram em verdadeiros "guerreiros", dispostos a vencerem, a qualquer custo, esta batalha. Não havia dor! não havia cansaço! Tudo era sangue, suor e raça! Confesso que, em toda a minha trajetória acompanhando futebol, jamais havia presenciado tamanha entrega, força de vontade e dedicação. O Poço de Pedras ainda teria, na 2ª etapa, mais duas oportunidades "de ouro". A 1ª com Marruá, que aproveitou uma falha do sistema defensivo e, com apenas o goleirão a sua frente, não conseguiu marcar, tendo em vista que Manoel pareceu se agigantar na sua frente. A 2ª, também foi com Marruá que recebeu a bola perto da lateral direita, arrancou em direção ao gol como se usasse uma armadura medieval que ninguém conseguia vencer, da entrada da área após cortar, no bom sentido, dois marcadores de uma só vez, ainda achou forças na perna esquerda para fazer com que o goleirão do Real fizesse outra boa defesa. Lá atrás, o pessoal se encarregava de segurar o poderio ofensivo do oponente, tirando-lhes a arma ou, a bola, no último instante, tanto por cima como por baixo e, quando não conseguiam, como ocorreu duas vezes com a cabeça, os lutadores adversários não acertavam o alvo.

E decisão da vaga, para ver quem se valorizaria ao final, foi para os tiros da marca do pênalti. Após evitar que a 3ª cobrança adentrasse sua meta, o goleirão Elianto, do Poço, errou o alvo mandando a bola pela direita, porém, o outro goleiro, Manoel, também errou, só o lado que foi o oposto. Nardinho, o último "atirador", caprichou na mira e sacramentou a vitória da equipe santanense. Esta parte da história você poderá conferir no vídeo que postaremos em breve.

No final, a equipe e toda a torcida de Riacho de Santana que estavam presentes fizeram a festa em "Território Adversário". E o Poço, ao sair vitorioso desta batalha, provou que, de fato, as suas Pedras, são Preciosas.

IMAGENS: