Esporte Santanense: O QUE FALTOU???

Se você é amante de um esporte, seja lá qual for, o que esperas daqueles pelos quais você está torcendo? Reformulando a pergunta, se o esporte for coletivo, o que você espera do seu time? A resposta seria óbvia: Vitórias! Que vença os seus adversários! Será? Também poderia ser: Raça; Esforço; Doação; Entrega... Tendo isto, os resultados positivos viriam por consequência. Mais uma vez indago: Será?

Quando torcemos por uma equipe queremos muito que ela vença, porém, geralmente, aceitamos muito mais um resultado negativo do que um comportamento apático. Todavia, dificilmente nos lembramos que do outro lado há um adversário que na maioria das vezes também está disposto a dar tudo de si para terminar o embate vitorioso.

Tudo isto se viu no Pai Cajé no último domingo (19) quando o Poço de Pedras, ao entrar em campo, se tornou a 1ª equipe de Riacho de Santana a jogar as oitavas de finais de uma Copa Primo Fernandes. O adversário: Real Madrid, da cidade de Tenente Ananias/RN. O nome já assusta, mas, o que impõe respeito mesmo é o histórico da equipe que, nas 3 últimas edições esteve entre os 4 finalistas, conseguindo 2 vice campeonatos nas 2 últimas edições. Dentro de campo, o Real demonstrou porque, de fato, era valioso, capaz de "comprar pedras de qualquer poço". No início da partida mostrou seu poderio, mas, o "Poço" deixou claro que valorizaria ao máximo as "suas pedras" e equilibrou a partida, passando a exercer mais pressão que seu oponente. Mas, justamente quando o time passara por uma evolução e exercia um ligeiro domínio sobre o adversário, Marcos, tentou conduzir a bola, pelo centro, a frente da área do seu time, perdeu e, na sequência, o Real se valorizou ainda mais, quando Douglas abriu o placar no Pai Cajé. Mesmo com isto, o time da casa não se abateu. Houve um descontrole momentâneo, é verdade, mas logo, o equilíbrio da partida foi restabelecido. Até que, Betão, aproveitando o bate rebate dentro da área, achou um "cantinho desguarnecido" na parte inferior esquerda do goleirão Manoel do Real Madrid. O atacante do Poço de Pedras fez com que a bola passasse por lá, demonstrando que as Pedras santanenses, seriam caras como diamantes. Se a 1ª etapa durasse mais um pouco, o anfitrião viraria o placar.

Porém, o 1º tempo chegou ao fim e veio o 2º. Aparentava o início do jogo, com o Real Madrid impondo-se e o Poço de Pedras acuado. Até que, novamente, o time santanense equilibrou a partida. A dedicação, a entrega, a doação do time era tanta que, mesmo jogando contra um time mais tradicional, mais preparado física e taticamente, conseguiu igualar a partida, alternando-se no domínio do jogo. O Poço de Pedras, no 2º tempo, teve duas oportunidades de ouro. Uma com Jacinto, que foi mais veloz que o marcador, mas menos eficiente que o goleirão adversário, que praticou uma excelente defesa. E outra com Bruno Allan, quando, com a bola quicando na marca do pênalti e o goleiro batido, chutou por cima do travessão uma oportunidade que custaria muitos "reais" ou, simplesmente um - o Madrid. Pouco depois, Marcos, o do Real, foi para uma cobrança de escanteio pelo setor direito defensivo do Poço de Pedras e, usando toda a genialidade lhe concedida pelo criador, fez a bola descrever uma trajetória impressionante e surpreender o goleirão Elianto, adentrando quase no seu ângulo esquerdo. Gol do Real Madrid. Agora sim! O golpe final! O Poço de Pedras, mesmo com todo esforço, toda a dedicação, toda entrega, não conseguiu fazer com que "o Real fosse novamente desvalorizado" e terminou perdendo pelo placar de 02 x 01. Agora, para o jogo da volta, que acontecerá sábado (25) terá que se tornar "Euro" para superar o "Real".

Aí retomamos a pergunta inicial: O que faltou? Esforço? Não! Entrega? Não! Doação? Muito menos! Talvez, sorte ou, como diria Romário: "- O gol"!

PARABENIZANDO: Nesta partida gostaríamos de parabenizar dois profissionais que desempenharam um trabalho excelente. O 1º, na verdade, consiste em um segmento: A arbitragem. O trio uiraunense comandado pelo Sr. Paulo, fez uma atuação denominada por muitos de IMPECÁVEL! De fato, quem esteve no Pai Cajé, pôde prestigiar, aliado ao show futebolístico proporcionado pelas equipes, um show de arbitragem daqueles responsáveis por desempenhar esta árdua tarefa. O outro show veio de fora de campo. No comando da Equipe Esportiva "Bola de Ouro, o narrador Zilvaci Fernandes, através de som local, multiplicou em diversas vezes "as emoções do futebol", como o mesmo costuma dizer. Nesta partida, sou capaz de arriscar que Zilvaci fez uma das melhores narrações de sua carreira, deixando o público eufórico a cada lance que descrevia. A estas "feras", os nossos sinceros PARABÉNS!!!

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