Esporte Santanense: COPA SANTANENSE - SIMPLESMENTE, UMA FINAL!!!

O que esperar de uma final de campeonato? Doação? Disputa? Equilíbrio? Emoção? Todos estes e outros ingredientes povoavam a decisão da I Copa Santanense de Futebol de Minicampo, realizada no último domingo (27) às 16 horas no Estádio "Pai Cajé" em Riacho de Santana/RN. De um lado, o Poço de Pedras, o "1", equipe que possui respeito e tradição no ESPORTE SANTANENSE; do outro, também o Poço de Pedras, o "2", ou O Independente, equipe que fora montada a menos de 01 ano em virtude de desmembramentos do outro Poço de Pedras e que, em sua 1ª Competição mais longa, já conseguira chegar a final. Indagações, descrições e, a única certeza que se tinha antes da final era de indefinição. Apesar da supremacia recente do Poço de Pedras, poucos arriscariam afirmar que o título ficaria com eles.

Antes do jogo, o que se viu foi um profundo respeito dos dois elencos, com cumprimentos e abraços logo após a execução do Hino Nacional Brasileiro. O espetáculo ainda foi abrilhantado pela parceria montada com a Escolinha "Nova Esperança" que cedeu seus alunos para entrarem em campo com os finalistas. Também, antecedendo o apito que iniciaria a partida, respeitou-se 01 minuto de silêncio como forma de homenagem remota as vítimas da tragédia ocorrida na madrugada de sábado para domingo em Santa Maria/RS e, de maneira mais próxima ao pai do atacante do Poço de Pedras Marruá, que falecera na última sexta (25). No jogo, todas as expectativas que o antecederam se concretizaram.

A disputa começou equilibradíssima, sem nenhuma das equipes criando grandes oportunidades, desta forma, se sobressaindo o fator pegada, marcação. Porém, o Poço de Pedras tinha vantagem quando o quesito analisado era posse de bola, já que o Independente optara por jogar de maneira mais recuada, tentando surpreender o adversário por meio de contra ataques. Porém, aos poucos, a partida foi se equilibrando ainda mais. O Independente ia, gradativamente, alterando seu estilo de jogo e arriscando-se em ações ofensivas, tanto é que no último quarto da etapa inicial era melhor em campo e detinha mais a bola sob seu controle. E, na 1ª grande oportunidade, em uma bola lançada na área adversária, João Bosco resvalou de cabeça e Henrique, como uma flecha, penetrou no meio da defesa adversária para, também de cabeça, pela 1ª vez, arrancar o grito de gol da garganta do narrador Zilvaci Fernandes, que proporcionava ainda mais emoção a partida fora de campo.

O 2º tempo iniciou-se com o Poço de Pedras em desvantagem no placar e pressionando. O Independente não era o mesmo que terminara a 1ª etapa, sufocando seu adversário, ao invés disto, optara, novamente, por jogar na defensiva. Porém, o êxito em sua intentona durou menos que 10 minutos, quando em uma jogada parecida com a do 1º gol, George se encarregou de igualar o marcador. Com isto, o Poço de Pedras, que já havia retomado as "rédeas" da partida, se impôs ainda mais e eram dele as melhores oportunidades de sair de campo com o título. Mas, o Independente, com uma marcação extremamente sólida, resistia as ações ofensivas do oponente e ainda criava algumas oportunidades, por meio de contra ataques rápidos. Em um jogo destes moldes e, para comprovar o equilíbrio durante o jogo, a disputa do título foi decidida nas cobranças de penalidades, e foi aí que apareceu uma figura importantíssima do Poço de Pedras que não havia sido muito exigido ao longo da competição. O goleiro Matheus demonstrou porque deixou Sebastião, um dos maiores arqueiros do futebol santantense, sentado.

Matheus, com um voo preciso no seu canto direito defendeu logo a 1ª cobrança efetuada por Hermizael. Marcos deixou o Poço de Pedras em vantagem. A 3ª cobrança do jogo foi efetuada por Elias, um exímio cobrador que, na ocasião fora infeliz, chutando o chão e fazendo com que a bola se dirigisse, sem muita força, ao centro do gol. Matheus só teve o trabalho de deixar a perna direita onde estava para evitar que a bola adentrasse o seu gol. Naldo, em uma cobrança magistral, na qual o goleiro Cleide ainda acertou o canto mas não alcançou a bola, tratou de dar o título ao Poço de Pedras, que conquistou o seu 1º título de 2013.

Um fator que merece amplo destaque, é o respeito profundo que as duas equipes demonstraram dentro de campo, tanto uma pela outra, quanto pela arbitragem e, principalmente pelo público que lotara o Pai Cajé, em uma demostração clara de que futebol acontece dentro de campo e de que é possível, mesmo em uma decisão, fazer o fair play, o jogo limpo, basta, para isto, vir a campo com o objetivo único de jogar futebol. Apesar de valer o título, foi uma das partidas mais tranquilas para a arbitragem de toda a competição. Por este belo exemplo e espetáculo futebolístico, as duas equipes estão de parabéns! Infelizmente, uma tinha que perder para a outra ser campeã!

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