Duas vezes absolvido. O Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva confirmou o voto da segunda comissão de julgamento, negou provimento ao requerimento do relator Adriano Rufino, que recorreu contra a decisão e pedia a punição do técnico abecedista. A exemplo do que ocorrera na vez anterior houve igualdade na votação dos auditores a favor e contra a punição e como o presidente da mesa não pode proferir voto, numa situação desse tipo, foi aplicada a pena mais branda ao réu.
O advogado do ABC, José Wilson, ao realizar a defesa de Leandro Campos, alegou que ao proferirem seus votos, os auditores teriam de levar em consideração as personalidades dos atores envolvidos na questão, no caso o treinador abecedista e o árbitro Flávio Roberto Sales: "A denúncia contra nosso treinador, que nunca sentou no banco dos réus, foi realizada por uma pessoa desqualificada, que no julgamento passado desqualificou todos os auditores do TJD."
Raimundo Mendes, relator do processo no Tribunal Pleno, disse que ao olhar a súmula percebeu que não houve maldade por parte de Leandro Campos ao chutar a garrafa. Mas o documento informa que ao saber da expulsão, o treinador se direcionou ao quarto árbitro com palavrões, num ato de claro desrespeito a uma autoridade e que isso não poderia passar em branco. Sendo assim pediu a punição por dois jogos de suspensão, o que impediria Campos de dirigir a equipe nos jogos da final do Estadual.
O auditor Luiz Antônio de Almeira foi o segundo a proferir o voto. Depois de lembrar que os bons antecedentes não podem servir como motivo da absolvição de um réu, podendo ser encarado apenas como atenuante da pena. Bem como que o fato da legítima defesa também não admite excessos, ele disse que ao analisar o caso viu que não houve dolo no ato que acarretou a expulsão do treinador abecedista e que pelo disposto não sentiu vontade do treinador agredir ninguém. Por isso, resolveu pedir a absolvição.
O voto foi acompanhado pelo auditor Julierme Martins de Melo, que não conseguiu ver provas diretas das agressões naquilo que estava relatado, também negando o provimento do recurso apresentado pela promotoria do TJD.
O presidente do TJD, Mirocem Júnior, após divulgar o resultado falou sobre a decisão. "Se eu tivesse direito a voto, o que não me é permitido pelo que está disposto nos artigos 131 e 170 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, eu votaria com o relator. Um erro não pode justificar o outro e Leandro Campos foi desrespeitoso e tinha de ser punido. Mas respeito a decisão do Tribunal, ela é soberana e tenho de aceitar, afinal isso é democracia", ressaltou.
Advogado admite que Xuxa pode ficar fora da decisão
O América que comemora a mais uma vitória sobre o maior rival, também passou a viver um clima de expectativa em relação ao Tribunal de Justiça Desportiva. O motivo atende pelo nome de Júnior Xuxa, jogador que recebeu o terceiro cartão vermelho dentro da competição e que deve sentar no banco dos réus para ser julgado da expulsão no confronto contra o Santa Cruz já na próxima semana. Além dele, Lúcio que também foi colocado para fora de campo pelo árbitro por reclamação terá o caso analisado, mas é réu primário.
Matéria e foto: Tribuna do Norte
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